O presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou, nesta sexta-feira (1º), um decreto para aumentar em 15% os efetivos do Exército, justificando o gesto pelo “aumento das ameaças” relacionadas à ofensiva na Ucrânia.

Assim, o Exército passará a ter 2,2 milhões de integrantes, dos quais 1,3 milhão de soldados, segundo o decreto publicado pelo governo.

O decreto anterior, de agosto de 2022, estipulava o número previsto de integrantes em 2 milhões, dos quais 1,15 milhões de militares.

Sem contar o pessoal civil, isto representa um aumento de 169.372 militares, ou seja, quase 15% da força de combate atualmente estabelecida.

“O aumento dos efetivos em tempo integral do Exército se deve às ameaças crescentes em nosso país, relacionadas com a operação militar especial e à expansão contínua da Otan”, explicou o Ministério da Defesa em comunicado.

Segundo a pasta, atualmente há “um reforço das forças armadas combinadas da Aliança perto das fronteiras da Rússia e o destacamento de meios suplementares de defesa aérea para ataques”.

O ministério garantiu que o aumento de efetivos será realizado “por etapas”, através de recrutamentos voluntários, e que nenhuma “mobilização [militar] está prevista”.

Em setembro de 2022, diante das graves dificuldades no front, a Rússia ordenou uma mobilização militar que fez com que centenas de milhares de jovens deixassem o país para evitar o alistamento.

Contudo, desde que o front se estabilizou, as autoridades têm preferido o recrutamento voluntário, com bons salários e vantagens sociais para quem quiser se alistar.

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