WASHINGTON, 22 SET (ANSA) – Durante seu discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira (22), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, defendeu que a exclusão das sanções e restrições “ilegítimas” pode contribuir para impulsionar a economia mundial.   

Segundo o líder russo, os desafios econômicos impostos pela pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2) reforçam a tese de que o comércio mundial deve ser liberado de punições.   

Além disso, ele afirmou que o direito de veto dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança continua sendo um instrumento único de prevenção global de conflitos, o que reflete o equilíbrio de poder, e deve ser preservado.   

O líder russo defendeu o privilégio concedido aos Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China ao rejeitar as críticas de quem argumenta que o poder de veto é uma regra antidemocrática que bloqueia muitas das resoluções da ONU.   

Para o presidente da Rússia, esse direito “continua a ser um indicativo do atual equilíbrio militar e político até hoje”.   

Durante seu pronunciamento, Putin ainda reforçou a ideia de uma aliança na Eurásia, com todos os países asiáticos e europeus, “sem exceções”. O projeto está se tornando extremamente relevante na resposta a desafios e crises emergente com o objetivo de garantir o crescimento econômico global.   

Além disso, ele lembrou a proposta da Rússia de criar os chamados corredores verdes “livres de guerras comerciais e sanções”.   

Por fim, o russo reclamou que os Estados Unidos e seus aliados não responderam ao plano de Moscou de declarar uma moratória sobre lançamento de mísseis terrestres, de médio e curto alcance, lançados na Europa e em outras regiões.   

Vacina – Putin aproveitou seu discurso na ONU para dizer que seu país está “completamente aberto para parcerias e cooperação” no que diz respeito ao desenvolvimento de uma vacina contra a Covid-19.   

“Estamos prontos para compartilhar nossa experiência”, ressaltou o mandatário, lembrando que a Rússia ofereceu ajuda no combate à pandemia e também registrou a primeira vacina do mundo contra o coronavírus, a Sputnik V. (ANSA)