ROMA, 21 JUN (ANSA) – O presidente da Rússia, Vladimir Putin, defendeu o direito soberano do Irã de desenvolver um programa nuclear para utilizar tecnologias atômicas para “fins pacíficos”.
A declaração foi dada pelo líder do Kremlin em entrevista à Sky News Arabia, divulgada pela agência russa TASS neste sábado (21).
“O Irã está comprometido em desenvolver um programa nuclear civil para utilizar tecnologias atômicas para fins pacíficos”, declarou Putin, destacando que esse princípio está em conformidade com o direito internacional e os tratados multilaterais.
Nesse sentido, o mandatário também enfatizou que a Rússia está disposta a fornecer a Teerã “a assistência e o apoio necessários para o desenvolvimento da energia nuclear para fins pacíficos, como tem feito em anos anteriores”.
Para Putin, a Organização Internacional de Energia Atômica (OIEA) não está preocupada com o fato de o Irã estar buscando implantar armas nucleares.
“O Irã declarou repetidamente que não está buscando implantar armas nucleares. E a OIEA não tem nenhuma preocupação sobre se Teerã está implantando armas nucleares”, enfatizou.
Segundo o líder russo, a emissão de uma fatwa no Irã proibindo o desenvolvimento de armas nucleares tem um peso significativo, principalmente porque o Irã é uma nação islâmica governada por seus próprios princípios.
“Gostaria de lembrar que o Irã adotou uma fatwa proibindo a posse de armas nucleares”, recordou.
Por fim, Putin falou sobre o conflito contra o país liderado por Volodymyr Zelensky e disse que “é essencial eliminar o caráter nazista da Ucrânia e os elementos nazistas dentro da liderança ucraniana”.
“A Ucrânia precisa reconhecer os resultados dos referendos realizados em Donbass e Novorossiya – regiões separatistas do país – para encontrar uma solução para o conflito”, afirmou Putin, destacando que também “é essencial” reconhecer “os resultados dos referendos realizados nas regiões de Lugansk, Donetsk, Kherson e Zaporizhzhia.
Além disso, Putin ressaltou que “a Ucrânia também precisa reconhecer seu interesse em manter relações amistosas de longo prazo com a Rússia”. (ANSA).