Putin compara ataques à cultura russa aos livros queimados pelos nazistas

Putin compara ataques à cultura russa aos livros queimados pelos nazistas

O presidente Vladimir Putin criticou nesta sexta-feira (25) a “discriminação” contra a cultura russa nos países ocidentais e a comparou à queima de livros na Alemanha e Áustria por parte dos nazistas na década de 1930.

“Hoje estão tentando anular um país que tem mil anos – e estou falando da progressiva discriminação contra tudo o que está relacionado com a Rússia”, afirmou Putin em um discurso exibido na televisão, durante o qual afirmou que a última vez que aconteceu uma campanha em larga escala para destruir literatura considerada indesejável esta foi realizada pelos nazistas na Alemanha há quase 90 anos.

“Tchaikovsky, Shostakovich, Rachmaninoff (compositores russos) são apagados dos cartazes de concertos… escritores russos e seus livros são proibidos”, citou.

Putin e outros responsáveis russos multiplicam as comparações entre a Alemanha nazista e os países ocidentais, os quais acusam de promover uma campanha russofóbica mediante sanções impostas após a ofensiva russa na Ucrânia.

A Rússia justifica essa operação miltiar afirmando que há tentativas “neonazistas” ucranianas de exterminar quem fala russo no país.

A ofensiva na Ucrânia gerou uma onda de solidariedade mundial com esse país que supera as sanções decretadas pelos governos.

Sendo assim, grandes federações esportivas e centros culturais de referência eliminaram de seus programas atletas e artistas da Rússia.

Por exemplo, em Paris o maestro russo Valery Gergiev e a orquestra de Bolshoi foram excluídos da programação; em Londres, o maestro Pavel Sorokin também ficou de fora da Royal Opera House.

Além disso, os bailarinos brasileiro David Motta Soaes e italiano Jacopo Tissi, ambos do Bolshoi, se demitiram.