O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta quinta-feira (19, data local) que o aumento dos gastos em defesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) não representa uma “ameaça” para a Rússia, já que Moscou tem a capacidade de se defender.
A aliança militar do Ocidente pressiona seus membros para aumentar seus gastos em defesa para 5% de seu Produto Interno Bruto (PIB), uma imposição que é exercida pelo próprio presidente americano Donald Trump.
“Não consideramos que o rearmamento da Otan seja uma ameaça para a Federação da Rússia, porque somos autossuficientes para garantir nossa própria segurança”, declarou Putin em uma coletiva de imprensa em São Petersburgo.
A Rússia “moderniza constantemente suas forças armadas e sua capacidade defensiva”, acrescentou o chefe de Estado durante a coletiva, transmitida pela televisão.
No entanto, Putin reconheceu que um gasto maior em defesa da Otan criaria alguns desafios “específicos” para a Rússia e acrescentou que, até mesmo para alguns membros da aliança militar, isso “não faz sentido”.
“Vamos nos contrapor a todas as ameaças que surgirem. Não há dúvida”, afirmou o dirigente russo.
Putin apresentou sua ofensiva na Ucrânia como parte de um conflito mais amplo entre Rússia e Otan.
Kiev busca garantias de segurança da Otan como parte de um eventual acordo para o fim da guerra de mais de três anos, depois que a Rússia ordenou uma ofensiva militar maciça.
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