O ministro do Esporte, André Fufuca (PP), anunciou que ficará no governo Lula (PT), contrariando a determinação partidária para deixar o cargo.
“Seguirei contribuindo de forma construtiva e dedicada para a boa gestão e governabilidade do país, lado a lado com o presidente“, escreveu Fufuca em nota nesta quarta-feira, 8.
Prezado povo do Maranhão e cidadãos e de todo o Brasil,
Dirijo-me a vocês neste momento para reafirmar meu compromisso inabalável com a missão que me foi confiada: a de trabalhar incansavelmente pelo
desenvolvimento do nosso estado e do nosso país.— André Fufuca (@andre_fufuca) October 8, 2025
A permanência no cargo rendeu ao ministro o afastamento das decisões partidárias e da vice-presidência nacional da legenda. “O partido reitera o posicionamento de que não fez e não fará parte do atual governo, com o qual não nutre qualquer identificação ideológica ou programática”, escreveu o senador Ciro Nogueira (PI), presidente do PP.
Por que o ministro ficou
Com federação anunciada em agosto, PP e União Brasil determinaram que seus filiados deveriam deixar a Esplanada dos Ministérios em um movimento de migração para a oposição federal. A ordem valia para Fufuca e Celso Sabino (União), do Turismo, que são deputados federais licenciados.
Desde então, com o recrudescimento da popularidade do governo, a dificuldade para construir unidade na oposição e as ambições eleitorais dos ministros colocadas, os ministros decidiram desobedecer seus partidos e ficar.
Em cerimônia de entrega de unidades do Minha Casa, Minha Vida no Maranhão, ao lado de Lula, Fufuca afirmou que apoiará sua reeleição. “Minha alma, meu coração e minha força de vontade estarão livres para brigar a ajudar Lula a ser [reeleito] presidente“, disse ele, que é cotado para disputar o Senado pelo estado com apoio do presidente.
Mais cedo, Sabino também confirmou a permanência no cargo. “Tenho a confiança do presidente Lula e o apoio de boa parte da bancada [do União], estamos trabalhando com o diálogo, buscando junto à administração do partido esse entendimento (…) acredito que o partido tomou decisões equivocadas, açodadas, mas que há tempo ainda para buscar o diálogo”, disse.