PT lança vídeo chamando oposição de ‘traidores da democracia’ por anistia a Bolsonaro

O PT lançou mais um vídeo nas redes sociais, desta vez com o lema “Defenda o Brasil, diga não aos traidores”. A publicação desta quarta-feira, 23, faz críticas aos defensores da anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado, e aos “super-ricos que nunca querem pagar a conta”, que constam no plano do governo de mudanças na tributação.

O vídeo produzido com o uso de inteligência artificial compara o Brasil a um “grande navio” e alerta para o risco de “jogar milhões ao fundo só para o ex-capitão se salvar”. A cena é acompanhada pela imagem de um rosto que se assemelha ao de Jair Bolsonaro. “Defenda o Brasil. Diga NÃO aos traidores da democracia”, diz a legenda da publicação.

O ex-presidente foi alvo de uma operação da Polícia Federal em 18 de julho e cumpre medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica e restrições na comunicação com outros investigados no inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

A decisão judicial se baseia na avaliação de que o ex-presidente e seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que vive atualmente nos Estados Unidos, teriam cometido crimes como coação no curso do processo, ao tentar pressionar o STF por meio de sanções impostas pelo governo norte-americano. O objetivo seria interferir na ação penal a que Bolsonaro responde pelo plano golpista.

Além disso, o vídeo do PT também retoma a campanha que defende o aumento da cobrança de impostos de pessoas de alta renda, os “super-ricos”. Neste novo vídeo, o partido menciona “os bilionários que sempre acham que vão se salvar”.

“Enquanto o povo luta para manter o navio, bolsonaristas tentam afundá-lo para salvar o inelegível e blindar os super-ricos que nunca querem pagar a conta”, diz a legenda da publicação.

O governo Lula tem defendido propostas de aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e isenção do Imposto de Renda para pessoas que ganham até R$ 5 mil. Nas campanhas, o governo federal argumenta que não está aumentando impostos, mas fazendo “justiça tributária”.