PT fica em cima do muro e deve adiar definição sobre apoio a Hugo Motta

Mário Agra/Câmara dos Deputados
Deputado Hugo Motta, líder do Republicanos na Câmara dos Deputados Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados

A cúpula do PT na Câmara dos Deputados voltou a adotar uma postura neutra após uma reunião com Elmar Nascimento (União Brasil-BA) e Antônio Brito (PSD-BA), e deve adiar a decisão de apoio na sucessão da presidência da Câmara dos Deputados. A cúpula deve se reunir na tarde desta quarta-feira, 30, para discutir o tema, mas o adiamento é quase certo.

Parte da legenda quer cumprir a promessa feita ao atual presidente, deputado Arthur Lira (Progressistas-AL), de apoiar seu sucessor, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB). A ideia é especialmente apoiada pelo baixo clero do partido, enquanto deputados mais próximos de Lula defendem o adiamento da decisão.

Na terça-feira, 29, os outros dois candidatos à presidência da Casa, Brito e Elmar, reuniram-se com membros do partido para apresentar suas propostas. A dupla formou uma coalizão que planeja formalizar a candidatura daquele que se mostrar mais viável.

No encontro, os parlamentares baianos prometeram priorizar e aprovar pautas de interesse do governo. A promessa chamou a atenção da alta cúpula, que enxerga a possibilidade de evitar o alto custo que tiveram na gestão de Lira para garantir o apoio a propostas governistas. Além disso, o partido ganharia a primeira vice-presidência.

Outro ponto que preocupa parte dos petistas é a possibilidade de blefe por parte de Lira e Motta em relação às promessas feitas. A cúpula teme que, mesmo com a garantia de avanço das pautas, o cenário possa se reverter, resultando em uma relação similar à que tiveram com Arthur Lira.