O músico Lucas Lima, marido de Sandy, revelou que ficava horas e horas jogando, e precisou parar por perceber que estava viciado na prática.

“Como sou muito compulsivo, tive que parar de jogar jogos online, pois não dou conta. Preciso dos jogos com começo, meio e fim”, desabafou o artista, em entrevista ao “Gshow”.

“Normalmente, o organismo da pessoa vai se adaptando e vai querendo jogos cada vez mais atiçantes e por mais tempo, mesmo que isso gere problemas em família, como briga de casal, por exemplo. No caso de jogos online, existem características que as empresas usam para que a pessoa não deixe o jogo e que fazem a pessoa persisitr no comportamento mesmo com todas as perdas”, alerta o psiquiatra Henrique Bottura.

“É importante diferenciar o vício em empenhar dinheiro na previsão de um resultado, o chamado transtorno em jogo, que já tem um padrão de dependência conhecido. No entanto, o que caracteriza uma dependência é igual em qualquer situação. Trata-se de uma perda do controle e isso vai evoluindo ao longo do tempo”, continua.

Segundo o profissional do Instituto de Psiquiatria Paulista, a terapia cognitiva comportamental ajuda a reorganizar as cognições e emoções do paciente no caso de qualquer tipo de vício. “E, além dos modelos terapêuticos, também já existem medicamentos que ajudam a modular a área do cérebro que fica ‘pedindo’ para a pessoa jogar mais e mais”, finaliza.