No sábado, 2, o cantor Wesley Safadão, 34, anunciou uma pausa nos shows por tempo indeterminado. O motivo é para cuidar da sua própria saúde. De acordo com a assessoria do artista, ele tem sofrido fortes crises de ansiedade. O afastamento dos palcos do músico foi realizada por orientação médica.
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“Pedimos a compreensão de todos e agradecemos o carinho que sempre tiveram com o Wesley”, diz a nota à imprensa.
O perfil oficial de Safadão ainda completou com uma mensagem do próprio cantor: “Em breve estarei de volta, até lá espero contar com o apoio de todos vocês!”.
A IstoÉ Gente conversou com o psiquiatra Saulo Vito Ciasca, que explicou mais sobre a crise de ansiedade que fez Wesley Safadão fazer uma pausa na carreira. Confira!
“Tem crises que acontece do nada, elas não vêm do tipo: ‘Aconteceu isso portanto eu fiquei ansioso’. Como é do nada, tem gente que vai parar no hospital achando que está infartando, achando que está passando mal, que vai morrer, que está acontecendo algo muito diferente no corpo e a pessoa fica com medo”, começou Saulo.
“Muitas vezes a pessoa que tem um quadro de ansiedade e que vai juntando, juntando cada vez mais a ansiedade, ela pode estourar em um ataque de pânico, no sentido de que para algum lugar essa energia ansiosa vai precisar escoar. Então, se a pessoa, por exemplo, já não gosta de ficar em lugar muito fechado, e fica em lugar fechado, e começa a hiperventilar, ela pode ter um ataque de pânico”.
“As crises intensas de ansiedade, que causam palpitações, tremores, sensação de mal-estar grande. Há pessoas que têm uma sensação de morte iminente, e ficam com medo de enlouquecer. Há alguns quadros dissociativos, que são quadros que acontecem quando a pessoa começa a sentir que está tudo fechando dentro dela, ou que o chão está se abrindo — uma sensação de queda livre. Isso tudo é o ataque de pânico que dura entre 15 a 30 minutos, e que do mesmo jeito que veio, vai embora”, continua.
Qual o tratamento?
Segundo o psiquiatra Saulo Vito Ciasca, existem tratamentos para a doença, podendo ser por meio de medicamentos ou de sessões de psicoterapia. “O tratamento é uma parte farmacológica e uma parte não farmacológica. A não farmacológica consiste em psicoterapia; a gente indica muito para o pânico a terapia cognitiva comportamental, porque tem muitas evidências interessantes de resultados legais. Mas qualquer processo psicoterápico pode ser bem interessante”, explica.
“Na parte farmacológica, a gente usa sim alguns medicamentos para reduzir a ansiedade, esses são medicamentos que vão estabilizar algumas vias cerebrais, algumas vias de neurotransmissores, que nessa estabilização a gente consegue baixar a ansiedade”, finaliza o profissional.
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