‘Psicopata em alto nível’, diz Sóstenes sobre Moraes após prisão de Bolsonaro

Líder do PL deve se reunir com parte da bancada para definir planos após detenção do ex-presidente; PL da Anistia pode voltar à pauta

Sóstenes Cavalcante
Deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara dos Deputados, em entrevista à IstoÉ Foto: Daniel Medeiros/IstoÉ

O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), criticou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após a decretação da prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). À IstoÉ, Sóstenes chamou Moraes de ‘psicopata em alto nível’.

Bolsonaro foi preso na manhã deste sábado, 22, após um pedido da Polícia Federal, que entendeu haver risco de fuga do ex-presidente. Na sexta-feira, 21, o filho do ex-presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), convocou uma vigília em frente à casa do ex-chefe do Planalto, o que, para Moraes, poderia facilitar sua fuga.

“Psicopatia em alto grau do Alexandre de Moraes, prender preventivamente, em um sábado, por causa de uma vigília que iria acontecer hoje?”, disse Sóstenes em conversa com IstoÉ.

Além da vigília, Moraes apontou que Bolsonaro tentou violar a tornozeleira eletrônica. De acordo com a decisão, a tentativa de violação do equipamento ocorreu às 0h08 deste sábado. O Centro de Integração e Monitoração Integrada do Distrito Federal emitiu um alerta minutos depois ao STF.

Moraes entendeu que a vigília seria um disfarce para a fuga do ex-presidente. Moraes afirmou que o evento poderia tomar proporções parecidas com os acampamentos golpistas em frente ao Exército em 2022, podendo facilitar a fuga de Bolsonaro.

A prisão ainda não tem relação a condenação por 27 anos e três meses no inquérito da trama golpista. O processo apura a tentativa do ex-presidente de obstruir o processo, mas ele não chegou a ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Ele foi preso em agosto por descumprimento de medidas cautelares.

Deputados da oposição devem se reunir nas próximas horas para definir as estratégias após a prisão do ex-presidente. Em pauta, estará a pressão para o avanço do PL da Anistia, travado na Câmara dos Deputados há pelo menos três meses.