Edson Arantes do Nascimento, o Rei Pelé, que morreu aos 82 anos de idade, na última quinta-feira (29), deixou o futebol de luto. Ele estava internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, onde tratava de um tumor de cólon.

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Considerado o maior jogador de todos os tempos, Pelé foi eleito Jogador do Século, em 2000, pela Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol (IFFHS). No mesmo ano, também foi consagrado Atleta do Século pelo Comitê Olímpico Internacional. De acordo com dados da IFFHS, Pelé é o segundo maior goleador da história do futebol, marcando 765 gols em 812 partidas, com um total de 1283 gols em 1363 jogos.

Com a grande repercussão mundial da morte de Pelé, a IstoÉ Gente conversou com a neuropsicanalista da USP Priscila Gasparini Fernandes, que explicou o motivo das mortes de personalidades tão queridas do público causarem comoção e chocarem tanto os brasileiros.

A profissional diz que projetamos o que gostaríamos de ser e realizar em nossos ídolos, com isso, acabam virando mito, uma pessoa perfeita, desprovida de defeitos e frustrações.

“Os veículos de comunicação e as redes sociais oferecem uma falsa sensação de intimidade e proximidade do fã com seu ídolo, o que facilita a projeção de suas necessidades psicológicas. O fã usa o ídolo para se auto afirmar e tenta imitá-lo inconscientemente. Como é um modelo bem aceito pela população, essa aceitação seria ideal para sua vida, as pessoas também se sentem apoiadas, acolhidas e até compreendidas quando veem as celebridades enfrentando dilemas parecidos com os delas”, começa Priscila Gasparini Fernandes.

“A empatia é ainda maior quando os famosos tomam a mesma decisão que elas tiveram de tomar, longe dos holofotes Isso proporciona uma sensação de conforto, pois, por mais que as celebridades sejam pessoas realizadas e popularmente aceitas, têm um lado frágil”, finaliza a psicóloga.