A psicóloga Roberta Massot compartilhou na semana passada um vídeo da filha, de 2 anos, dizendo que queria ir para a escola. Pouco tempo depois, Roberta recebeu um comentário ofensivo enviado pela pedagoga Érica Gomes. As informações são do G1 e do Uol.

“Ela tem uma raiz de cabelo um pouco dura, né?”, escreveu Érica sobre o vídeo da filha da psicóloga. Indignada com o comentário, a mãe respondeu: “Não, ela tem a raiz crespa. Por quê?”. No entanto, a pedagoga voltou a ofender a menina: “A raiz dela é dura mesmo. Não é crespa não”.

O caso foi registrado na 72ª DP (São Gonçalo), na quinta-feira (5), como injúria por preconceito, tendo como motivo presumido a intolerância racial. Em entrevista ao RJ1, da TV Globo, Roberta, que além da menina de 2 anos, tem uma filha mais velha, de 9 anos, contou que ainda tentou conversar com a pedagoga sobre o assunto.

“Não, Érica, não existe cabelo duro. Se você estudar um pouco vai ver que o que existe é cabelo crespo. Não entendi o porquê da sua pergunta e muito menos a maneira ofensiva a qual se referiu ao cabelo da minha filha”, escreveu Roberta.

Porém, Érica continuou com as ofensas. “Flor, você expõe sua filha, então as pessoas dão a opinião que quiserem. Se não quer exposição não coloque vídeo, fotos etc. Se está nas redes sociais, eu falo o que eu quiser. Em vez de ficar aqui querendo ou achando alguma coisa, leve suas filhas ao salão e aproveita e tira as melecas delas”, afirmou a pedagoga.

“Foi a primeira vez que passei por isso com as minhas filhas. Você olha tudo e não acredita. Essa foi a sensação. Depois fiquei com muita raiva e revoltada. A ficha foi caindo, fui tomada por uma tristeza e dor muito grandes até que pensei: ‘com as minhas filhas não!’ e resolvi denunciar após ler e reler aquilo tudo. Pensei: ‘não posso deixar por isso mesmo'”, contou Roberta ao Uol.

Procurada pela TV Globo, Érica Gomes respondeu que foi orientada a falar somente em juízo. A Polícia Civil está investigando o caso e a suspeita deve ser ouvida na delegacia de São Gonçalo.