A direção do Paris Saint-Germain oficializou nesta quarta-feira a demissão de Christophe Galtier, apesar de ter mais um ano de contrato com o técnico. O clube francês, dos craques Neymar e Mbappé, deve anunciar ainda nesta quarta o nome do espanhol Luis Enrique como novo treinador da equipe parisiense.

“O clube gostaria de destacar seu profissionalismo e comprometimento, que permitiram aos Rouge & Bleu (Vermelho e Azul) conquistar o histórico décimo primeiro título do Campeonato Francês, bem como o Troféu dos Campeões”, registrou o clube. “Todo o Paris Saint-Germain agradece a Christophe Galtier, assim como aos seus adjuntos Thierry Oleksiak e João Sacramento, pelo profissionalismo e empenho demonstrado ao longo da temporada, e deseja-lhes o melhor para o resto das suas carreiras.”

Galtier deixa o clube exatamente um ano após sua chegada, no dia 5 de julho de 2022. Em uma temporada à frente do PSG, o treinador conquistou o Campeonato Francês e o Troféu dos Campeões, a Supercopa da França, que reúne em jogo único o campeão anterior do Francês e da Copa da França.

No entanto, o grande objetivo do PSG na última temporada era ao menos brigar pelo título da Liga dos Campeões. O time, no entanto, não passou das oitavas de final. O torneio europeu é a grande obsessão do PSG nos últimos anos, quando passou a receber investimentos vultosos do seu presidente.

A saída de Galtier foi ofuscada não somente pela proximidade do anúncio de Luis Enrique. Mas também porque ele foi detido pela polícia francesa, junto com seu filho, na semana passada, sob acusação de racismo e xenofobia. A investigação teve início quando o treinador comandava o Nice, seu time anterior ao PSG.

Jornais franceses publicaram um e-mail que teria sido enviado pelo diretor de futebol do Nice, Julien Fournier, para os proprietários do clube. Nele, o dirigente afirmava que Galtier criticava a existência de muitos jogadores negros e muçulmanos no elenco da equipe.