SÃO PAULO, 9 OUT (ANSA) – O PSDB anunciou na tarde desta terça-feira (9) que não irá apoiar nenhum candidato à Presidência da República no segundo turno das eleições, após reunião da executiva nacional na sede da legenda, em Brasília.   

“Não apoiaremos nem o PT nem o candidato Bolsonaro. O PSDB decidiu liberar seus militantes e seus líderes”, anunciou o presidente do partido, Geraldo Alckmin, ressaltando que esta liberação significa neutralidade na campanha.   

Durante a reunião, Alckmin e o candidato ao governo de São Paulo, João Doria, travaram um embate. Segundo fontes presentes no local, Alckmin o chamou de “temerista”, insinuando que o ex-prefeito o traiu.   

Durante a discussão, Doria chegou a cobrar que o partido faça uma autoavaliação sobre erros depois do término da eleição, além de pedir mais ajuda financeira às campanhas dos candidatos a governos estaduais no segundo turno. No entanto, Alckmin teria o interrompido e afirmado que não era um traidor e covarde. O ex-governador de SP foi contrário ao ingresso do PSDB no governo de Michel Temer, marcado pelo alto índice de impopularidade. Doria ainda defendeu que o PSDB declarasse apoio a Bolsonaro, ressaltando que não há nenhuma condição da legenda ficar sem manifestar oposição ao candidato petista, Fernando Haddad.   

(ANSA)