O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), recebeu R$ 2.100.000 das direções nacional e municipal do partido para fazer sua campanha à reeleição, de acordo com os dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Proporcionalmente, o valor é inferior a todos os seus correligionários que disputam as prefeituras de capitais. Em Belo Horizonte, o limite estabelecido pela Justiça Eleitoral para os gastos de campanha pelo cargo no primeiro turno é de de R$ 39.500.490,40.

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A chapa do mineiro tem ainda Solidariedade, União Brasil, PSD, Agir, Avante e PSDB-Cidadania, mas nenhuma dessas siglas repassou recursos do fundo eleitoral para a campanha. O empresário Rubens Menin, proprietário da MRV Engenharia, do Banco Inter e do canal CNN Brasil, doou R$ 500 mil.

O prefeito ainda não embalou na corrida e registrou 10% das intenções de voto na última pesquisa Datafolha, bem atrás do líder Mauro Tramonte (Republicanos), que teve 27%.

Candidatos à reeleição proporcionalmente prejudicados

Proporcionalmente aos recursos que podem ser empregados em cada eleição, o PSD tem investido menos nas capitais em que tem candidatos à reeleição.

  • Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro, recebeu R$ 5 milhões da direção nacional da legenda, sendo que o limite de gastos da candidatura é de R$ 29.381.712,71;
  • Topázio Neto, de Florianópolis, recebeu R$ 3 milhões. O limite na capital catarinense é de R$ 5,36 milhões;
  • Eduardo Braide, de São Luís, recebeu R$ 2,8 milhões. O teto é de R$ 4,64 milhões.

Nas capitais, o partido de Gilberto Kassab foi mais generoso com os postulantes às cadeiras de prefeito do que com aqueles que desejam ficar mais quatro anos nelas.

Daniel Coelho, candidato no Recife, recebeu R$ 7,8 milhões (perto do limite da cidade, de R$ 9.776.138,29), enquanto o senador Vanderlan Cardoso terá R$ 6,7 milhões do partido para concorrer à prefeitura de Goiânia (R$ 8.408.489,11 é o limite na capital goiana).

A sigla também lançou Carlos Eduardo à prefeitura de Natal — recebeu R$ 5 milhões dos fundos para campanha, ante R$ 8,12 milhões de limite — e Eduardo Pimentel em Curitiba — R$ 7 milhões, com teto de R$ 14.161.044,67.

O PSD afirmou ao site IstoÉ que o “processo eleitoral está em curso”. “O partido iniciou na última semana o processo de distribuição de recursos do fundo eleitoral a candidatas e candidatos, e vem atendendo postulantes em todas as regiões do país. Todo o processo de distribuição atende as normas partidárias e a legislação vigente”, concluiu em nota.