Após encontro com o presidente da República, Jair Bolsonaro, na manhã desta quinta-feira, 4, o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, disse que o partido mantém a posição de independência em relação ao governo e não fechará questão sobre a reforma da Previdência, apesar de apoiá-la. Segundo Kassab, Bolsonaro não convidou a sigla para integrar formalmente a base na reunião.

Ele contou que o presidente “renovou a sua disposição de trabalhar pela aprovação das reformas”. Nesta quinta-feira, o presidente inicia uma rodada de conversas com os dirigentes partidários num esforço para formar sua base no Congresso.

Kassab destacou que as reformas previdenciária e tributária são “compatíveis” com o programa do partido e que haverá “boa vontade do partido” sobre as propostas, mas sem fechar questão, ou seja, determinar que todos os integrantes da legenda votem a favor. Ele justificou que o partido possui “tradição” de liberar os parlamentares para respeitar suas posições pessoais.

“Em relação às reformas, o partido não fechará questão, mas haverá um esforço bastante intenso, no sentido de mostrar aos parlamentares a importância delas para o Brasil”, disse Kassab.

Questionado se Bolsonaro convidou o partido para integrar a base aliada, Kassab negou. “Não… O partido tem uma posição muito clara em relação a sua independência em relação ao governo, portanto essa posição continuará. Independência significa total condição de apoiar projetos que estão sintonizados com o que prega o nosso programa.”

Ele também disse que Bolsonaro não pediu para o partido fechar questão sobre a reforma da Previdência, e sim “pediu apoio para as reformas”. “Nós sabemos que reformas são importantes para o País”, destacou.

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Kassab também minimizou as críticas sobre a articulação política do governo, dizendo que “o governo está no seu início”. “Caso haja essa insatisfação, caberá ao governo encontrar uma maneira de aperfeiçoar essa relação. Acredito que isso poderá ser encontrado, seja com os partidos da base, como os de posição de independência, como nosso caso, como os de oposição. A relação do Executivo com Legislativo precisa se dar em todos os níveis”, declarou.

O presidente do PSD também negou que tenha havido oferta de trocar de cargos pelo apoio a reforma da Previdência. “De maneira nenhuma. Seria até uma agressão isso”, afirmou.


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