A chegada de João Campos (PSB-PE) para a presidência do PSB não foi apenas a entrada da juventude do partido e um expoente da dinastia Campos de volta ao comando do partido após a morte de seu pai, Eduardo Campos, em 2014. É um reposicionamento da legenda mais forte de Pernambuco, dessa vez a nível nacional.
Se em 2022 o PSB conseguiu atrair Geraldo Alckmin para disputar a vice de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), agora o partido quer ir além e, como mostrou a IstoÉ, já negocia para que Marina Silva, hoje na Rede, e Simone Tebet, no MDB, disputem ao Senado nas próximas eleições. Dessas, Marina é a que está mais próxima e deve ser anunciada ainda neste ano.
O PSB, todavia, está de olho no passe de outro nome para a disputa do governo de Minas Gerais: o ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Hoje no PSD, Pacheco já prepara suas malas para desembarcar do partido comandado por Gilberto Kassab. A filiação de Mateus Simões, vice de Romeu Zema (Novo), ao partido foi a pá de cal para a manutenção do senador na legenda. Simões quer se lançar candidato com apoio de Zema e partidos da direita.
Mesmo com o interesse, o PSB terá que enfrentar a disputa com o MDB, que quer o retorno do filho pródigo. Pacheco foi filiado entre 2009 e 2018, sendo o primeiro partido dele na política. Hoje, o ex-presidente do Senado está mais próximo da ex-legenda.