Mais de 300 pessoas, incluindo um parlamentar, foram presas após os protestos de quarta-feira (12) contra novos impostos no Quênia, manifestações que foram proibidas pelas autoridades, disse o ministro do Interior, Kithure Kindiki, nesta quinta (13).

Durante estas manifestações contra o governo, sete pessoas morreram, conforme novo balanço divulgado hoje.

Os protestos de quarta-feira em várias cidades do país foram marcados por confrontos entre manifestantes e policiais, que reagiram com gás lacrimogêneo e munição real às pedras jogadas pela multidão.

No total, “312 pessoas que, direta ou indiretamente, planejaram, orquestraram ou financiaram manifestações violentas e atos de anarquia (na quarta-feira) – entre elas um deputado – foram presas e serão julgadas por vários crimes”, declarou o ministro.

“A busca pelos outros responsáveis (por esta violência) está em curso”, acrescentou. Ontem, duas fontes policiais informaram à AFP que seis pessoas morreram baleadas pela polícia durante protestos em três cidades, sendo dessas três dessas vítimas na periferia da capital do país, Nairóbi.

Uma sétima pessoa foi morta nas manifestações em Sondu, cerca de 300 quilômetros a noroeste da capital, disse o comandante da polícia da região, Geoffrey Mayek, nesta quinta-feira.

O líder da oposição Raila Odinga convocou a população a protestar contra uma lei tributária que provocou aumentos nos preços dos combustíveis.

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