Os protestos contra a reforma da Previdência nesta quarta-feira, 15, levaram milhares de pessoas às ruas. A interrupção de serviços de transporte público e o bloqueio de vias causaram congestionamentos em várias cidades brasileiras. Escolas também fecharam as portas.

Em São Paulo, os metroviários pararam parte das linhas e motoristas de ônibus só voltaram ao trabalho na parte da manhã, após horas de paralisação. Os protestos causaram lentidão acima da média no trânsito da cidade.

Na noite desta quarta, manifestantes ocupavam os dois sentidos da Avenida Paulista. O ato foi convocada pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. Embora a pauta do protesto seja o repúdio às reformas trabalhista e da Previdência, o grito predominante entre os manifestantes é “Fora, Temer”.

A Prefeitura de São Paulo estimou que 2,5 milhões de pessoas tenham sido afetadas pela paralisação dos serviços de transporte público até as 12 horas desta quarta.

Em três cidades da Baixada Santista – Santos, São Vicente e Cubatão – a circulação de ônibus foi reduzida. O funcionamento do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), foi suspenso. Já em 13 municípios da região de Sorocaba, no interior de São Paulo, cerca de 500 mil pessoas ficaram sem transporte coletivo na manhã desta quarta.

No Rio, não houve paralisação de ônibus, trens e metrôs, mas as visitas no Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste, ficaram suspensas nesta quarta-feira porque os agentes penitenciários aderiram à greve geral. Na noite desta quarta, houve confronto entre policiais militares e black blocs após um protesto no centro da cidade.

Os professores também aderiram à paralisação em ato contra a reforma da Previdência e aproveitaram para protestar também contra a PEC do Teto, o Escola sem Partido e a reforma do ensino médio, sancionada pelo presidente Michel Temer.

O Sindicato dos Bancários informou que mais de 60 agências bancárias foram fechadas no centro do Rio, área que concentra o maior número de bancos.

Em Belo Horizonte, ônibus circularam normalmente, mas o metrô, que transporta cerca de 200 mil pessoas por dia, parou. Além dos metroviários, também pararam as atividades nesta quarta em Minas Gerais professores, petroleiros, e parte dos servidores públicos municipais e estaduais.

Em Curitiba, os ônibus também não circularam pela manhã.

Houve protestos ainda em Brasília, organizados pela Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Força Sindical, Nova Central, Central Geral dos Trabalhadores do Brasil, União Geral dos Trabalhadores e Conlutas.

Em Salvador, escolas paralisaram as atividades nesta quarta-feira. Algumas unidades vão manter a paralisação por dez dias, segundo a diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia, Elza Melo.

Em Recife, o metrô funcionou apenas nos horários de pico. Em Fortaleza, houve paralisação de motoristas e cobradores, e passageiros desceram dos veículos para aderir ao ato contra a reforma da Previdência. O protesto contra a reforma da Previdência levou ainda cerca de 500 pessoas às ruas em São Luís, no Maranhão.