Centenas de opositores saíram às ruas neste sábado em Caracas contra o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e seu projeto de Assembleia Constituinte, mas foram dispersados com gás lacrimogêneo em vários pontos do centro e oeste da capital.

Desde 1º de abril, os opositores realizam protestos quase diários em Caracas e outras cidades do país, que já fizeram 66 mortos e mais de mil feridos, de acordo com a Procuradoria.

“Não há pior maneira de violar a Constituição do que convocar uma Constituinte usurpando o poder do povo”, declarou a jornalistas o deputado opositor Tomás Guanipa durante as mobilizações deste sábado.

Maduro promove uma Assembleia Constituinte que será votada em 30 de julho – segundo data estabelecida pelo poder eleitoral – para reformar a Constituição e, de acordo com o presidente, “trazer a paz”.

A oposição e a dissidência chavista rejeitam o projeto da Constituinte, porque não contempla um referendo para que os venezuelanos decidam se querem, ou não, reformar a Constituição.

Neste sábado, os manifestantes planejavam marchar em passeata até a avenida Victoria, no oeste de Caracas, onde forças da polícia de choque dispersou manifestantes com bombas de gás lacrimogêneo.

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O mesmo aconteceu no centro da cidade, onde estão localizados o palácio presidencial Miraflores e os principais escritórios públicos.

No leste, as manifestações aconteceram sem maiores incidentes.

Na quinta-feira (8), a procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega, apresentou à Sala Eleitoral do TSJ um recurso contra a Constituinte, ao qual ex-procuradores, ex-juízes e representantes de partidos da oposição tentaram se somar na sexta.


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