SANTIAGO DO CHILE, 26 JUL (ANSA) – Milhares de chilenos protestaram ontem (25) pela capital Santiago para pedir a descriminalização do aborto, após o Cogresso barrar uma lei que flexibilizava as situações em que uma gestação pudesse ser interrompida. Cerca de cinco mil pessoas enfrentaram as baixas temperaturas do inverno e saíram às ruas para exigir que o aborto seja permitido no Chile, que é considerado um dos países com legislação mais restritiva sobre o tema no mundo. Os manifestantes defendem que o aborto ocorra por livre arbítrio das gestantes. “Queremos abortar sem que nos imponham condições patriarcais ou misóginas. O aborto permitido em alguns casos nunca será suficiente, pois limita nosso poder de decisão e outras pessoas acabam decidindo por nós”, disse um dos organizadores da marcha. O protesto foi convocado por cerca de 50 associações femininas sob o slogan “Aborto livre, gratuito e seguro”. Na semana passada, o Senado do Chile tinha aprovado um projeto de lei apresentado pela presidente Michelle Bachelet para legalizar o aborto em três situações: quando há risco de vida para a mãe, quando há inviabilidade do feto ou em caso de estupro. O texto, no entanto, não conseguiu ser aprovado na Câmara e agora terá que voltar para análise de uma comissão mista. (ANSA)


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