Um protesto neste domingo em São Paulo contra o presidente Jair Bolsonaro, convocado por torcedores de clubes de futebol, resultou em confrontos com apoiadores do governo e com a polícia, que usou gás lacrimogêneo para dispersar o ato.

Vestidos de preto e sob o lema “Somos pela democracia”, cerca de 500 manifestantes “contra o fascismo”, muitos com máscaras de proteção, se reuniram Avenida Paulista, onde coincidiram com um outro ato de apoiadores de Bolsonaro.

A polícia havia colocado dois cordões entre os protestos, mas não conseguiu evitar uma briga entre os dois lados e disparou bombas de gás lacrimogênio.

Três pessoas foram detidas, informou a polícia.

O “ato antifascista” foi convocado pelos torcedores de vários clubes paulistas, principalmente do Corinthians, mas também do Palmeiras, São Paulo e Santos.

O Corinthians tem uma forte identificação com a defesa dos direitos cívicos, por meio do movimento Democracia Corinthiana, liderado pelo jogador de futebol Sócrates nos últimos anos da ditadura militar (1964-1985).