Prótese de silicone pode causar doenças?

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O silicone tem o poder de aumentar a autoestima e é um sonho na vida de muitas mulheres. No entanto, alguns estudos sugerem que próteses mamárias podem ter conexão com doenças autoimunes, podendo causar em mulheres doenças, como artrite reumatoide, esclerodermia, sarcoidose e Síndrome de Sjögren. Apesar disso, a Sociedade Americana de Câncer reitera que, mesmo com estudos, ainda não é possível estabelecer uma conexão clara entre a prótese e essas doenças. Mas afinal, o silicone pode ou não te adoecer? Entenda a seguir, com informações do “Healthline”.

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Embora a relação entre silicone e doenças autoimunes ainda seja inconclusiva, os implantes mamários são conhecidos por outros potenciais riscos, como o surgimento de cicatrizes, dores nos seios, infecções, diminuição da sensibilidade, vazamento ou ruptura da prótese.

Além disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a autoridade sanitária dos Estados Unidos (FDA, da sigla em inglês) identificaram uma possível causa mais grave de preocupação: um tipo raro de câncer, chamado linfoma anaplásico de grandes células associado ao implante mamário, ou BIA-ALCL

Fatores causadores do BIA-ALCL

Cientistas afirmam que as causas desse câncer ainda não são claras. Porém, já foi possível notar que os implantes texturizados estão associados a mais casos de BIA-ALCL do que os implantes lisos. Isso porque os primeiros têm uma área de superfície maior, na qual uma infecção bacteriana pode se formar. As infecções podem desencadear um tipo de resposta imunológica que, em casos muito raros, resulta em BIA-ALCL. Independentemente do tipo de prótese, prevenir infecções é essencial, pois elas são muito mais comuns em implantes mamários do que se imagina.

Sintomas do BIA-ALCL

Embora quase sempre esteja concentrado no tecido que envolve o implante, muitas vezes o BIA-ALCL pode se espalhar para outras partes do sistema linfático do corpo, incluindo os gânglios linfáticos. Os principais sintomas incluem:

– Inchaço ou dor contínua ao redor da prótese, que pode ocorrer muito após a incisão cirúrgica ter cicatrizado, e muitos anos após o silicone ter sido inserido;

– Excreção de fluidos ao redor da prótese;

– Contratura capsular, que pode ocasionar um caroço sob a pele ou espessamento do tecido cicatricial ao redor do implante, resultando em deformação. 

Outros sintomas, como vermelhidão, inchaço, dores e mudanças no formato ou cor dos seios, também requerem atenção.

Diagnóstico do BIA-ALCL

O BIA-ALCL é classificado como um linfoma de células T. Esse tipo de linfoma tende a crescer rápido, e a perspectiva de uma pessoa com esse diagnóstico depende do estágio do câncer e de quão agressivo ele é. Metade de todos os casos de BIA-ALCL são relatados dentro de 7 a 8 anos da inserção das próteses. 

Tratamento do BIA-ALCL

Para casos em que o BIA-ALCL esteja confinado nos tecidos que circundam uma ou ambas as mamas, a remoção cirúrgica dos implantes é necessária. Com um diagnóstico precoce do estágio 1, a remoção do implante normalmente é suficiente para interromper a progressão da doença.

No entanto, para câncer em estágio 2 ou superior, um tratamento mais agressivo é necessário. Além da remoção do silicone, a quimioterapia pode retardar ou interromper a progressão da doença.

A taxa de sobrevivência para pessoas com BIA-ALCL é relativamente alta: 89% em cinco anos para qualquer estágio do câncer. A taxa de sobrevivência é ainda maior para pessoas com o câncer em estágio 1 que tiveram uma remoção completa das próteses afetadas e tecidos cancerosos da mama.

Como prevenir o BIA-ALCL

Para minimizar o risco de infecção, ruptura da prótese e câncer de mama, monitore os seios após a cirurgia. Siga as instruções de cuidados posteriores de seu cirurgião e consulte um médico imediatamente se notar qualquer alteração nos seios ou na saúde em geral, especialmente se tiver sinais de infecção.

Outras potenciais complicações ligadas ao silicone

• Hematomas;

• Sangramentos;

• Coágulos sanguíneos;

• Necrose da pele;

• Retardo na cicatrização de feridas;

• Acúmulo de tecido cicatricial;

• Deflação e ruptura do implante;

• Mudanças na forma, volume ou sensibilidade das mamas;

• Afinamento do tecido mamário e da pele;

• Calcificação;

• Desconforto mamário;

• Secreção mamilar;

• Queda ou movimentação do implante;

• Assimetria;

• Necessidade de cirurgias adicionais.