Geralmente, o inverno é sinônimo de resfriado, gripe e outras doenças que atacam o sistema respiratório. Mas o verão também traz à tona diversos problemas para nariz, ouvido e garganta.

Esses órgãos são muito sensíveis às mudanças climáticas, ao tempo seco e ao calor extremo que passamos durante a estação. Por isso, o otorrinolaringologista Jamal Azzam explica quais os principais cuidados que devemos ter durante essa época do ano.

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Sorvetes, drinques, ar condicionado, mar e piscina têm muito em comum: são uma delícia e refrescam durante o verão. Mas, por mais que aguardemos o ano todo para curtir esses alimentos e passeios, eles representam perigo para nosso corpo.

Os ouvidos podem sofrer muito no verão, especialmente pela exposição muito repetida e prolongada à água”, começa Jamal. “Quando a pessoa permanece muito tempo na água, a pele do ouvido fica hidratada demasiadamente, ficando mais friável e sujeita a rachar.  Isso pode predispor à entrada de bactérias ou fungos.  Pode se instalar a terrível otite externa aguda”, completa o médico.

A otite externa é caracterizada por muita dor de ouvido, saída de pus ou secreção, além de diminuição da audição. “Recomendamos sempre procurar um médico otorrinolaringologista antes desta exposição repetida à praia e piscina, pois se houver um excesso de cera nos ouvidos deverá ser removida”, alerta Jamal. Ele recomenda evitar ficar dentro da água por mais que uma hora, e depois de sair, secar sempre os ouvidos com uma toalha ou papel, evitando as hastes flexíveis (“cotonetes”).

Já o nariz fica com a mucosa mais sensível pela grande mudança de temperatura. “Muito calor em um ambiente e entra-se em outro gelado… e vice-versa.  Pode acontecer um estímulo tão intenso na mucosa do nariz, que favorece o surgimento das crises de rinite, resfriado, gripe ou até a sinusite aguda”, diz o otorrino.

“Na evolução do quadro, a coriza pode se transformar em secreção amarelada ou esverdeada, podendo sugerir uma complicação bacteriana, configurando então a sinusite.  Neste caso existe outro sintoma muito desagradável, que é a dor de cabeça ou dor na face.”

Muito gelo, sorvete e ar seco podem deixar a garganta irritada e causar crises de faringite e amigdalite. “ Os sintomas são dores de garganta e dificuldade para engolir”, explica. “Outra situação que pode acontecer é a laringite aguda.  O quadro é de rouquidão, tosse, dores de garganta, febre e pode levar até a falta de ar.  As inalações somente com soro fisiológico são sempre indicadas. A orientação é tomar líquidos frios ou gelados em goles pequenos e fazer pausas entre um e outro gole”, completa Jamal.

O ideal, sempre é se refrescar com moderação. Caso fique com dores de garganta, ouvido ou problemas de nariz, consulte um médico. O tratamento pode ser a base de analgésicos, antibióticos (dependendo do quadro) e antitérmicos.