ROMA, 18 MAR (ANSA) – por Benedetta Bianco – Um grupo de pesquisadores de um instituto australiano observou pela primeira vez a estrutura exata e o mecanismo de ação da proteína responsável pelo Parkinson.
Denominada “Pink1”, a estrutura foi descoberta há mais de 20 anos por especialistas da área, mas suas características eram quase completamente desconhecidas.
A descoberta, que foi publicada na revista Science, abre caminho para o desenvolvimento de novos medicamentos e terapias para uma doença que atualmente não tem cura.
De acordo com os especialistas, a proteína desempenha uma função importante dentro das células, pois ela se conecta com as mitocôndrias e sinaliza para as danificadas que elas devem ser removidas.
Em um paciente que tenha Parkinson, contudo, a Pink1 sofre uma mutação que a impede de funcionar corretamente. A consequência disso é que as mitocôndrias danificadas se acumulam, param de produzir energia e liberam substâncias tóxicas que matam a célula.
Os neurônios, que exigem muita energia, são particularmente sensíveis a esse tipo de dano, além disso, uma das características do Parkinson é a morte das células cerebrais.
Após muitos anos de estudo, os pesquisadores coordenados por David Komander tiveram sucesso em obter a aparência e a estrutura da Pink1 e entender como ela se liga à mitocôndrias.
“Isso é algo muito significativo para a pesquisa do Parkinson. É incrível finalmente ver a Pink1 e entender como ela se liga às mitocôndrias. Sua estrutura revela muitas maneiras pelas quais é possível modificar a proteína e isso poderá mudar a vida das pessoas afetadas pela doença”, afirmou Komander.
(ANSA).