A campanha de prospecção na Bacia Potiguar, na Margem Equatorial brasileira, deve ser iniciada mês que vem, após a sonda que será deslocada para o campo Pitu Oeste, na costa do Rio Grande do Norte, ser raspada para não levar organismos da bacia de Campos, onde estava trabalhando, para o nordeste do País. A prática é feita cada vez que há deslocamento de equipamentos entre bacias.

“Começa quando conseguirmos limpar o casco da sonda. Ela veio para o Sudeste e aqui tem entre outras coisas o coral sol, e para levar para lá tem que raspar. Vamos levar entre o final deste mês e o mês que vem, e deve durar uns quatro meses (a perfuração)”, disse o presidente da companhia, Jean Paul Prates.

Em relação à polêmica na bacia da Foz do Amazonas, o executivo afirmou que pretende “evoluir mais”, e que com a campanha de Potiguar a empresa ganhou alguns meses junto ao Ibama.

A sonda só deve ser deslocada para a Foz após terminado o trabalho em Potiguar, como explicou na segunda-feira, 2, o diretor de Exploração e Produção da estatal, Joelson Mendes.

“Queremos intensificar as conversas com o Ibama com vistas (da Foz) ser o próximo destino dessa sonda. Se for entendimento do Ibama que a gente pode ir com a sonda a qualquer momento para fazer a avaliação pré-operacional (APO), a gente pode levar a sonda lá”, explicou Prates, ressaltando que na bacia Potiguar a APO foi realizada sem a sonda, o que pode se repetir na Foz, dependendo do Ibama.

Ao todo são 16 poços na campanha de toda a Margem Equatorial, uma faixa que se estende do Rio Grande do Norte ao Amapá.

Os primeiros poços que serão perfurados estão nos campos de Pitu Oeste e Anhangá, no Rio Grande do Norte.