A proporção de instituições financeiras que vê a política fiscal como principal risco à estabilidade financeira subiu de 38% em agosto para 48% em novembro, segundo a Pesquisa de Estabilidade Financeira (PEF) do Banco Central.
No período, também cresceram as menções à inadimplência e atividade (de 16% para 26%) e ao risco operacional (de 3% para 5%). Já a parcela de IFs que sinalizou o cenário internacional recuou de 30% para 11%, assim como a das que citaram o nível da taxa de juros doméstica (de 3% para 2%) e outros riscos (de 9% para 8%).
“Comparativamente à pesquisa anterior realizada em agosto, a avaliação das IFs pesquisadas sobre os riscos à estabilidade financeira para os três próximos anos é de: percepção de acúmulo de riscos em quatro frentes: inadimplência e atividade (alto endividamento num ambiente de taxas de juros elevadas apontam para aumento de inadimplência), fiscal (preocupações com a sustentabilidade da dívida pública e impactos do fiscal na política monetária), cenário internacional (incertezas principalmente quanto aos efeitos das medidas tarifárias dos EUA), e riscos operacionais (relacionado à crescente digitalização do SFN)”, diz o BC, no relatório da PEF.
O índice de confiança no Sistema Financeiro Nacional (SFN) avançou de 74,45 para 75,59 pontos, após três quedas consecutivas. “O índice de confiança na estabilidade do SFN segue elevado e com aumento na margem em relação ao período anterior; e a maioria dos respondentes espera e sugere que o valor do ACCPBrasil Adicional Contracíclico de Capital Principal do Brasil seja mantido”, acrescenta o BC.