Um promotor pediu penas de até 30 anos para três pessoas em Cuba por supostamente atirarem coquetéis molotov e espalharem “propaganda inimiga”, crimes classificados como “ações terroristas”, informou nesta segunda-feira (11) a mídia oficial, em meio a denúncias sobre operações repressivas contra ativistas e jornalistas independentes.

Segundo o noticiário estatal, duas mulheres e um homem são acusados de lançar duas bombas caseiras no ano passado contra os arquivos do tribunal municipal de Centro Havana e contra as instalações de um Comitê de Defesa da Revolução (cubana), onde uma pessoa ficou ferida.

Os três acusados teriam sido pagos com “recargas” telefônicas por pessoas que viviam nos Estados Unidos e incluídas em uma lista publicada na quinta-feira em Cuba de indivíduos sob investigação criminal na ilha comunista. As autoridades cubanas as relacionam com ações “terroristas”, acrescenta o relatório.

Segundo informações estatais, os acusados no processo, anunciado na noite de domingo, cometeram crimes “com dispositivos explosivos ou mortíferos, agentes químicos ou biológicos”, além de difundirem o que foi considerado “propaganda inimiga” do regime comunista cubano.

Por sua vez, o Ministério do Interior cubano foi mais direto no seu relato da rede X: “Um homem e duas mulheres envolvidos em ações terroristas pagas por mercenários nos Estados Unidos cumprirão sanções de 20 a 30 anos de privação de liberdade”, disse a pasta sobre este processo realizado recentemente.

Por sua vez, Cubalex, uma ONG de direitos humanos com sede na cidade americana de Miami (Flórida), indicou na noite de domingo na sua conta da rede X que cerca de 40 pessoas foram sujeitas a “repressão, ameaças, detenções” e “vigilância” no Dia Internacional dos Direitos Humanos.

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