Por Jonathan Allen

MINEÁPOLIS (Reuters) – Os promotores do caso George Floyd pediram nesta segunda-feira aos jurados para que eles “acreditem em seus olhos” enquanto reproduziram nos argumentos de encerramento do julgamento o vídeo que mostra o ex-policial Derek Chauvin se ajoelhando sobre o pescoço de Floyd.

O principal advogado de Chauvin, Eric Nelson, contra-atacou dizendo que Chauvin se comportou como qualquer “policial razoável” faria, argumentando que o agente seguiu seu treinamento após 19 anos na polícia. 

Por várias vezes o promotor do Estado norte-americano de Minnesota Steve Schleicher repetiu uma frase: “Nove minutos e 29 segundos” – o tempo em que Chauvin foi gravado em vídeo no dia 25 de maio de 2020 com seu joelho pressionando o pescoço de Floyd até a morte. 

Embora o veredicto do júri possa oferecer uma avaliação sobre o uso do policiamento nos Estados Unidos contra a população negra, Schleicher enfatizou em comentários que duraram quase duas horas que o júri estaria avaliando a culpa de um só homem e não de todo um sistema. 

“Aquilo não foi policiamento; foi assassinato”, disse Schleicher aos jurados. Ele citou o lema do Departamento de Polícia de Mineápolis, que demitiu Chauvin e outros três agentes após o assassinato de Floyd: “Proteger com coragem e servir com compaixão”. 

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“Enfrentar George Floyd naquele dia não necessitava de coragem, e nada de coragem foi mostrado naquele dia”, disse Schleicher, que falou em tom enfurecido e enojado. “Tudo que foi requisitado foi um pouco de compaixão, e nada de compaixão foi mostrado naquele dia”.

O juiz distrital do condado de Hennepin, Peter Cahill, deu as instruções finais aos jurados antes de eles deixarem o tribunal para iniciar suas deliberações.

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