WASHINGTON, 1 JUL (ANSA) – O procurador de Manhattan, Cyrus Vance, formalizou na tarde desta quinta-feira (1º) as acusações contra a Organização Trump e o diretor financeiro da empresa, Allen Weisselberg, por crimes fiscais, após três anos de investigação.
A companhia e Weisselberg foram indiciados por um esquema de evasão de impostos por um período de 15 anos, de 2005 a junho de 2021. O valor total estimado dos desvios chega a cerca de US$1,7 milhão.
Segundo o jornal americano “The New York Times”, o executivo, apontado como o “homem forte” do ex-presidente Donald Trump, também é acusado de roubo qualificado.
Além disso, entre as acusações está a falta de pagamento de impostos sobre certos benefícios, como o uso de carros por funcionários da Organização Trump e taxas escolares.
O conselheiro-geral da Promotoria do distrito de Manhattan, Carey Dunne, responsável pelas investigações, classificou o “esquema de pagamentos ilegais” como “abrangente e audacioso”.
“Este foi um esquema de fraude fiscal de 15 anos envolvendo pagamentos não registrados”, disse ele.
Em sua primeira reação sobre a investigação, Trump afirmou que a acusação “política” da companhia e de seu diretor financeiro “divide o país como nunca antes”.
Hoje cedo, Weisselberg chegou a comparecer perante a Procuradoria e, em nota divulgada pela sua defesa, afirmou que vai se declarar “não culpado e lutará para combater as acusações no tribunal”.
A imprensa americana diz que as acusações se referem a benefícios em espécie concedidos a Weisselberg que não teriam sido declarados à Receita, como um apartamento e outros itens de luxo.
Nos últimos dias, a defesa de Trump alegou que as acusações “são infundadas” e que têm “motivações políticas”. A holding da família do ex-presidente dos Estados Unidos inclui diversas ações da família, prevalentemente imóveis, como os hotéis e campos de golfe, mas também inclui transações financeiras.
(ANSA).