Promotor requisita investigação de delegado afastado de caso de estupro no Rio
O promotor Homero das Neves Freitas Filho, titular da 23.ª Promotoria de Investigação Penal, requisitou à Corregedoria de Polícia Civil a instauração de inquérito policial para apurar supostas práticas pelo delegado Alessandro Thiers de crime previsto no artigo 232 da Lei 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente), “submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a constrangimento”.
Thiers é titular da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI) e foi responsável pelo início da investigação do caso de estupro coletivo a que foi submetida uma adolescente de 16 anos. Após acusações de que estaria agindo de forma inadequada na condução do inquérito, a investigação passou a ser feita por uma delegada.
O promotor afirma, no documento protocolado nesta quarta-feira, 1º, que é “imperioso apurar os fatos”. Freitas Filho requereu a oitiva de todos os policiais que atuaram nas investigações, da mãe da vítima e da advogada que acompanhou os depoimentos na DRCI.
Depoimento
A adolescente de 16 anos que foi vítima de estupro coletivo no Rio afirmou neste domingo, 29, em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, que está recebendo ameaças pela internet e que se sentiu desrespeitada na delegacia onde prestou dois depoimentos.
“Quando vim à delegacia, não me senti à vontade em nenhum momento. Acho que é por isso que as mulheres não fazem denúncias”, disse a adolescente. Ao explicar o que aconteceu na delegacia, a jovem afirmou: “Tentaram me incriminar, como se eu tivesse culpa por ser estuprada”.
A adolescente reclamou da exposição durante o depoimento e da indiscrição dos policiais. Segundo ela, ao ser interrogada, havia três homens dentro da sala, incluindo o delegado Alessandro Thiers, então encarregado do caso.
“A sala era de vidro e todo mundo que passava via. Ele (o delegado) botou na mesa as fotos e o vídeo, assim, expostos e me falou: ‘Conta aí’. Não perguntou se eu estava bem, como estava me sentindo, se tinha proteção. Ele perguntou se eu tinha o costume de fazer isso (sexo grupal), se gostava de fazer isso.”
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