O promotor especial do governo mexicano responsável pelo caso dos 43 estudantes desaparecidos da escola rural de Ayotzinapa em 2014 renunciou, anunciou a presidente Claudia Sheinbaum nesta quarta-feira (16).
O caso de Ayotzinapa tornou-se um símbolo dos mais de 120 mil desaparecimentos no país, a maioria desde 2006, quando o governo lançou uma controversa operação militar antidrogas.
Rosendo Gómez, nomeado para o cargo pelo ex-presidente Andrés Manuel López Obrador (2018-2024), decidiu renunciar, disse a presidente.
“Foi decisão dele, de dizer ‘Cumpri meu mandato’, e tomou a decisão de renunciar”, disse a presidente em sua coletiva de imprensa matinal.
Sheinbaum afirmou que Mauricio Pazarán, que trabalhou no Ministério Público da Cidade do México e se juntou à unidade da Procuradoria-Geral que investiga o caso em maio passado, assumirá seu lugar.
A presidente já havia anunciado em maio que as famílias dos 43 estudantes haviam solicitado a substituição do promotor especial.
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