Segundo fontes ligadas à investigação, o promotor André Luís Garcia de Pinho pode ter matado Lorenza Maria Santos Silva, 41, em ritual macabro. Lorenza casou aos 23 anos com André Luís, com quem teve cinco filhos. Ela foi morta em 2 de abril em Belo Horizonte. A apuração é do G1.

O Ministério Público, que denunciou André Luís pelo assassinato, afirma ter provas suficientes de que o promotor cometeu o crime sozinho. Ele teria embriagado e sufocado Lorenza e foi preso em 4 de abril. A suspeita do ritual macabro começou quando os investigadores se intrigaram com a falta de sangue no corpo de Lorenza, que não foi explicada pelo laudo da necropsia.

Na agenda do promotor foram encontrados dois contatos de cursos de tanatopraxia, técnica de conservação de cadáveres que consiste na troca do sangue por substâncias sintéticas. Segundo o legista apenas 25 ml foram extraídos para fazer os exames toxicológicos e descobrir a dosagem de álcool. Para o legista Marcelo Mares Castro, “uma mulher normal, de um peso normal, (tem) uma média de cinco, cinco litros e meio de sangue no corpo”.

De acordo com os investigadores, a vítima sofria de uma depressão profunda, agravada por problemas com álcool e remédios. “Eu fui saber desses problemas há pouco tempo. Há cerca de três anos, período que coincidiu com a enorme crise financeira que eles passavam. Minha filha nunca teve depressão antes do André. Ele a afastou de nós, de mim, da irmã, da tia, dos amigos. Ele a isolou”, disse Marco Aurélio Alves Silva, pai de Lorenza, em entrevista ao G1.