Projeto transformará RJ em um dos maiores hubs de IA do mundo

SÃO PAULO, 3 JUL (ANSA) – Um projeto estimado inicialmente em R$ 5 bilhões vai contribuir para a transformação do Rio de Janeiro em um hub global de Inteligência Artificial (IA).   

O Rio AI City, ambicioso plano que promete fazer do Parque Olímpico do Rio de Janeiro um dos maiores hubs de IA do mundo e o principal da América Latina, foi destaque no evento LATAM Finance Forum 2025, realizado em São Paulo e que reuniu os principais executivos do setor de infraestrutura digital, como o CEO italiano da Elea Data Centers, Alessandro Lombardi, o managing director da Equinix, Victor Arnaud, e um representante do prefeito carioca, Eduardo Paes.   

Lombardi, que participou de dois painéis, apresentou números que evidenciam a importância da América Latina, que já recebeu mais de US$ 10 bilhões em investimentos em data centers, com um crescimento de 300% em cinco anos. Atualmente, a região opera 1,2 GW e tem 260 MW em construção.   

“O Brasil tem vantagem competitiva ao manter uma postura diplomática discreta, evitando os embates globais que afetam mercados como o britânico e o americano”, afirmou o CEO da Elea.   

“Com matriz energética 90% renovável e localização estratégica para conexões internacionais, o Brasil está preparado para liderar a oferta de infraestrutura digital limpa e de alta performance”, acrescentou.   

Lombardi também aproveitou a ocasião para apresentar a Rio AI City, uma cidade do futuro que reunirá um ecossistema completo de inovação no Parque Olímpico do Rio de Janeiro, região estratégica para conectividade, energia e logística.   

Com capacidade energética inicial de 1,5 GW, o projeto tem potencial de expansão para até 3,2 GW em fases futuras. A primeira etapa já conta com o data center da Elea RJO1 em operação, enquanto o segundo site (RJO2) está em construção, com previsão de entrega em 2026.   

“A Rio AI City representa a convergência entre infraestrutura digital, sustentabilidade e desenvolvimento urbano para impulsionar a nova economia”, explicou o CEO, que também apontou “desafios” para o setor no Brasil, como “a elevada carga tributária sobre equipamentos e limitações na transmissão elétrica em estados-chave como São Paulo”.   

“Temos todos os ingredientes para liderar globalmente: energia limpa, diversidade, inovação e território. O que precisamos agora é coordenação, agilidade regulatória e investimento contínuo em gente”, declarou.   

A Elea consolidou-se como a única plataforma nacional de data centers com capilaridade real, com nove unidades em cinco estados brasileiros. A empresa atende desde grandes hyperscalers até governos e provedores locais, sempre com energia 100% renovável.   

“A empresa investe na formação de talentos, parcerias público-privadas e práticas responsáveis, reforçando o papel do Brasil como protagonista da nova economia digital na América Latina”, concluiu Lombardi.   

O projeto Rio AI City, desenvolvido com masterplan da Hyphen e apoio institucional da Prefeitura do Rio de Janeiro, representa um modelo pioneiro de desenvolvimento urbano tecnológico que pode servir de referência para outras cidades da região. (ANSA).