Em fevereiro, Ronaldo apresentou no Valladolid o plano que servirá para “os próximos 90 anos no clube”. Antes de pensar em contratações ou tentar competir com equipes de maior poder aquisitivo, o objetivo é claro, criar uma boa estrutura para o time principal e para as categorias de base.

O ambicioso modelo apresentado, avaliado em 10 milhões de euros (cerca de R$ 44 milhões), prevê a construção de cinco campos anexos ao estádio José Zorrilla e uma melhora no CT Pinar de Jalón, voltado para formação nas categorias de base e que deve se transformar em uma “fábrica de talentos”. Além de contar com nove campos, sendo três de grama natural e seis artificiais, também serão construídos no local vestiários, academia, restaurantes, área para recuperação e prevenção de lesões, espaço para os torcedores e sede administrativa.

“O clube tem vários problemas. Um dos mais importantes é que carece de patrimônio. Não tem estádio próprio, área administrativa, boas instalações de treinamento. Nossa categoria de base tem sido uma das mais importantes da Espanha apesar de todos esses impedimentos, que incluem essa infraestrutura insuficiente para trabalhar os atletas”, afirma David Espinar, chefe do gabinete da presidência do Valladolid.

As obras, previstas para começar em julho, no entanto, ainda não tiveram início. Segundo o jornal Diário de Valladolid, o clube ainda corre atrás de resolver pendências legais e está focado em melhorias de seu estádio.

O clube já fez duas grandes mudanças no estádio José Zorrilla, inaugurado em 1982, e que é municipal: a retirada do fosso e o rebaixamento do campo, possibilitando um acréscimo de 1.594 assentos no local, que passa a ter capacidade de 28.106 espectadores. “O projeto de reforma apresentado à cidade contempla uma reconstrução do estádio”, diz Espinar. O problema vai ser convencer a prefeitura da cidade a investir os cerca de 40 milhões de euros (algo em torno de R$ 176 milhões) orçados por Ronaldo para concluir a obra.