Impressoras 3D, máquinas laser, notebooks, além de robôs, rovers e drones. Esse universo tecnológico foi apresentado nesta semana a estudantes da comunidade quilombola Mesquita, localizada na Cidade Ocidental, município goiano localizado no entorno do Distrito Federal (DF).

Ao todo, 25 alunos conheceram um caminhão do projeto-piloto, transformado em base lunar. A capota foi transformada em um aeroporto de drones pilotados por um engenheiro de robótica e um instrutor e desenvolvedor de jogos e aplicativos. Esses profissionais foram responsáveis por guiar os alunos do projeto-piloto Robótica Espacial.

O programa é uma iniciativa do Fundo Nacional de Desenvolvimento para a Educação (FNDE), e é feito em parceria com a Universidade de Brasília (UnB) e com a Agência Espacial Brasileira (AEB). O objetivo é promover a inclusão social de crianças e adolescentes.

“A visita só é possível porque a comunidade é de área quilombola e todos os adultos acima de 18 anos estão vacinados contra a covid-19, além disso, tudo está planejado para garantir o distanciamento social e a utilização de máscaras”, disse Wesley Ribeiro Martins, diretor da Escola Municipal Aleixo Pereira Braga 1.

Em todo o país 250 escolas são participantes do projeto, que conta com mais de 10 mil estudantes da educação básica de escolas públicas e particulares de 26 estados.

Os alunos têm acesso a um curso online de robótica com personagens divertidos e é inspirado no projeto Artemis, liderado pela Nasa, a agência espacial norte-americana.

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“É um ótimo pano de fundo para a criança entender até onde ela pode chegar, desenvolver essa vontade e gerar novos limites”, disse, em nota, Paulo Aragão Ramalho, diretor de tecnologia e inovação do FNDE.

“A ideia é difundir em todo o Brasil, da melhor maneira possível, e capacitar essas crianças na ponta. É missão do FNDE levar essa capacitação a todos os mais de 5 mil e 200 municípios brasileiros”, afirma.

Segundo o chefe de relações institucionais da Agência Espacial, André Barreto, é missão da AEB inspirar novas gerações com temáticas espaciais. “Não temos como ficar de fora do processo de inovação tecnológica que ocorre no mundo, até porque é um processo que não tem mais volta”, disse.

“As crianças e jovens passarão boa parte do tempo aprendendo em uma plataforma digital com capacidade de self-learning [autoaprendizagem] e de simulação, mas, também, interagindo com o professor, que receberá suporte para que consiga conduzir tudo isso”, explica o coordenador pedagógico do projeto, José Carneiro, da UNB.

O criador da plataforma, Alex Roger, da empresa de tecnologia BeByte, diz que os alunos não precisam ter conhecimento para acompanhar as atividades. “A plataforma é de autoaprendizagem, intuitiva e fácil de usar”, destaca.


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