De 5 a 9 de agosto, o fotógrafo e ambientalista Mário Barila estará de volta ao Pantanal após 5 anos para dar continuidade às ações socioambientais do Projeto Água Vida, para contribuir na recuperação do importante bioma localizado no Mato Grosso do Sul, que nos últimos anos vem sendo afetado pelo desmatamento e queimadas. O plano, dessa vez, traz como destaque a instalação de um viveiro para cultivar mudas de espécies nativas da região, que serão usadas em trabalhos de recuperação de áreas degradadas.

O viveiro será construído em um sítio de assentamento próximo a Bonito (MS). O local será o berço de mudas frutíferas e silvestres, especialmente de Manduvi, também conhecida como amendoim-de-bugre ou amendoim-de-arara, muito procurada pelas araras azuis que instalam seus ninhos nas cavidades do tronco e se alimentam das sementes. “Manduvi é fundamental para a preservação da ave. Porém, a quantidade de árvores dessa espécie vem diminuindo com as queimadas e é importante recuperar o número de árvores essa espécie.

A criação de mudas no local tem como objetivo tornar o processo de recuperação da região mais efetivo, garantindo o fornecimento contínuo das espécies para áreas que necessitam de reflorestamento, segundo Barila. O ambientalista ressalta que é preciso criar uma estrutura, para intensificar a recuperação do Pantanal. O bioma brasileiro vem sendo seriamente degradado ano a ano, tanto pelo desmantamento para ampliação da área de pastagem e plantio, como também pelas queimadas e estiagem agravada pelo aquecimento global.

A nova etapa no Pantanal do Projeto Água Vida complementa a ação iniciada em 2019, quando foram doadas cerca de mil mudas de árvores ao ICMBio, para o trabalho de reflorestamento da mata ciliar às margens do Rio Perdido, no Parque Nacional da Serra do Bodoquena. A reserva ambiental abriga mais de 340 espécies de aves, 195 de mamíferos e 50 de peixes. A ação também financiou a confecção de caixas-ninho, instalados no parque para procriação da arara-azul. Todas as iniciativas do projeto foram financiadas com recursos obtidos com as vendas de fotos de Mário Barila.