O financiamento do governo dos Estados Unidos para a Copa do Mundo de 2026 será negado até que a federação de futebol do país ofereça a mesma remuneração para as equipes femininas e masculinas, segundo um projeto de lei apresentado nesta terça-feira.

O senador americano Joe Manchin, um democrata do Estado da Virgínia Ocidental, apresentou o projeto de lei aos legisladores americanos dois dias após a seleção feminina americana conquistar a Copa do Mundo da França-2019 ao vencer por 2 a 0 a Holanda na final.

Após a conquista, a torcida presente no estádio ecoou o grito de “Igualdade salarial”.

A seleção campeã apresentou um denúncia contra a US Soccer em março, exigindo remuneração e apoio iguais aos dados à equipe masculina, que historicamente acumula resultados esportivos inferiores.

Os Estados Unidos irão sediar em conjunto com os vizinhos México e Canadá a Copa do Mundo de 2026.

“Não se pode designar nem colocar a disposição fundos federais para apoiar a Copa de 2026, incluindo o apoio para uma cidade anfitriã, uma agência estatal ou local participante (…) até que a federação de futebol dos Estados Unidos aceite proporcionar pagamento igual para as equipes nacionais feminina e masculina”, prevê o projeto de lei.

O Senado e a Câmara de Representantes teriam que votar a favor da medida e o presidente Donald Trump, que já trocou farpas pelas redes sociais com a estrela da seleção feminina Megan Rapinoe, teria que aprovar o projeto de lei para que este entre em vigor.

Enquanto a seleção feminina ganha fãs, a masculina foi derrotada pelo México em casa na final da Copa Ouro, somando outra decepção, após não conseguir se classificar para a Copa do Mundo da Rússia-2018.

“Isso é errado”, criticou Manchin. “A clara e inequívoca desigualdade salarial entre as equipes de futebol masculina e feminina dos Estados Unidos é inaceitável”.

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