Depois da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) comandada por Alexandre Tombini, o mercado financeiro revisou suas projeções para o IPCA de 2016 para cima, saindo de 7,12% para 7,19%. Um mês atrás estava em 7,00%.

O novo presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, já apresentou um discurso duro em relação ao cumprimento da meta, mas não estabeleceu prazos para entregar a tarefa. Até então, a cúpula do BC mirava o centro em 2017 e se comprometia a entregar o índice dentro da banda de tolerância este ano.

Para o ano que vem, o Relatório de Mercado Focus trouxe manutenção das estimativas para o IPCA em 5,50% pela quarta semanas consecutiva. Na próxima quinta-feira, o BC informará se suas projeções aumentaram ou diminuíram na ata do Copom.

Entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do índice no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana para este ano passou de 7,09% para 7,15% – há um mês estava em 7,16%. No caso de 2017, a taxa caiu de 5,50% para 5,30%, quatro semanas atrás também estava em 5,50%.

A inflação suavizada 12 meses a frente também teve leve recuo pela 10ª vez seguida, passando de 5,94% para 5,91% de uma semana para outra – há um mês, estava em 6,09%.

Depois do resultado mais alto do que o previsto da inflação de maio, as estimativas do mercado para o índice de junho permaneceram em 0,33% (quatro semanas antes estavam em 0,31%). Para julho, a mediana das expectativas para o IPCA subiu de 0,26% para 0,28% – um mês antes estava em 0,25%.

Preços administrados

As projeções do mercado financeiro para os preços administrados deste ano recuaram de 6,98% para 6,94% no Relatório de Mercado Focus, divulgado pelo BC. Vilões da inflação de 2015, ao avançarem 18,07%, a expectativa para 2016 foi reduzida pela segunda semana consecutiva. Há um mês, estava em 7,00%.

No caso de 2017, a mediana das expectativas continuou em 5,50%, onde já se encontra há cinco semanas seguidas.

O BC conta com forte desinflação desse segmento este ano para levar o IPCA para o intervalo de 4,5% a 6,5% em 2016. Nos últimos tempos, o dólar mais baixo também tem mostrado que pode colaborar para essa meta.