A mediana das estimativas de inflação do Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 11, pelo BC, caiu pela segunda semana consecutiva. Para 2016, a projeção de IPCA recuou de 7,27% para 7,26%. Para 2017, ano em que a autoridade monetária promete entregar a inflação o mais próximo possível do centro da meta de 4,5%, a estimativa do mercado passou de 5,43% para 5,40%.

No último Relatório Trimestral de Inflação, o BC informou que projeta inflação de 4,7% para 2017 no cenário de referência e de 5,5% pelo de mercado. Já no caso de 2016, as estimativas são de, respectivamente, 6,9% e 7,00%.

Entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do índice no médio prazo, denominadas Top 5, as medianas das projeções para este ano continuaram em 7,18%. Para 2017, no entanto, subiram de 5,30% para 5,39%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de, respectivamente, 7,15% e 5,30%.

Já a inflação suavizada 12 meses a frente voltou a cair, passando de 5,90% para 5,83% de uma semana para outra – há um mês, estava em 5,91%. Já as estimativas do mercado para os índices mensais tiveram alta: as de julho passaram de 0,38% para 0,40% (quatro semanas antes estavam em 0,28%). Para agosto, passaram de 0,31% para 0,32% – um mês antes estava em 0,30%.

Preços administrados

O Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo BC, trouxe uma queda significativa nas projeções para os preços administrados de 2016 de 6,94% para 6,70%. Há um mês, a mediana das estimativas também estava em 6,94%. Vilões da inflação de 2015, ao avançarem 18,07%, no caso de 2017, a mediana das expectativas continuou em 5,50%, onde já se encontra há nove semanas seguidas.

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O BC conta com forte desinflação desse segmento este ano para levar o IPCA para o intervalo de 4,5% a 6,5% em 2016. Nos últimos tempos, o dólar mais baixo também tem mostrado que pode colaborar com esse movimento.

No Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado há duas semanas pelo Banco Central, a taxa para os preços administrados em 2016 mudou de 6,1% do RTI de março para justamente 6,7%. Na ata do Comitê de Política Monetária (Copom) de junho, a estimativa era de 6,8%. Para 2017, a expectativa é de alta de 5,3% ante 5,0% do último RTI e da ata divulgada no mês passado.


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