Os economistas do mercado financeiro alteraram levemente suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2020. Conforme o Relatório de Mercado Focus, a expectativa para a economia este ano passou de retração de 4,40% para queda de 4,41%. Há quatro semanas, a estimativa era de baixa de 4,66%. Para 2021, o mercado financeiro manteve a previsão do Produto Interno Bruto (PIB), em alta de 3,50%. Quatro semanas atrás, estava em 3,31%.

No Focus divulgado nesta segunda-feira, a projeção para a produção industrial de 2020 seguiu em baixa de 5,00%. Há um mês, estava em baixa de 5,34%. No caso de 2021, a estimativa de crescimento da produção industrial seguiu em 5,00%, ante 3,72% de quatro semanas antes.

A pesquisa Focus mostrou ainda que a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2020 passou de 66,10% para 65,70%. Há um mês, estava em 67,00%. Para 2021, a expectativa foi de 68,10% para 67,01%, ante 69,60% de um mês atrás.

Déficit primário

O Relatório de Mercado Focus trouxe, ainda, manutenção na projeção para o resultado primário do governo em 2020. A relação entre o déficit primário e o PIB este ano seguiu em 11,50%. No caso de 2021, permaneceu em 2,90%. Há um mês, os porcentuais estavam em 12,00% e 3,00%, respectivamente.

Já a relação entre déficit nominal e PIB em 2020 foi de 15,31% para 15,20%, conforme as projeções dos economistas do mercado financeiro. Para 2021, seguiu em 7,00%. Há quatro semanas, estas relações estavam em 15,56% e 6,60%, nesta ordem.

O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.

Os avanços nas projeções nos últimos meses refletem a expectativa de que, com o aumento das despesas do governo durante a pandemia do novo coronavírus, o País terá um cenário fiscal ainda mais difícil.

Balança comercial

Os economistas do mercado financeiro alteraram a projeção para a balança comercial em 2020 na pesquisa Focus, de superávit comercial de US$ 58,00 bilhões para US$ 57,63 bilhões. Um mês atrás, a previsão era de US$ 57,73 bilhões. Para 2021, a estimativa de superávit seguiu em US$ 56,50 bilhões. Há um mês, estava em US$ 55,10 bilhões. No caso da conta corrente do balanço de pagamentos, a previsão contida no Focus para 2020 foi de déficit de US$ 4,22 bilhões para US$ 4,45 bilhões, ante US$ 3,60 bilhões de um mês antes.

Para 2021, a projeção de rombo passou de US$ 16,00 bilhões para US$ 17,00 bilhões. Um mês atrás, o rombo projetado era de US$ 17,75 bilhões. Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será suficiente para cobrir o resultado deficitário nestes anos. A mediana das previsões para o IDP em 2020 passou de US$ 43,15 bilhões para US$ 41,30 bilhões. Há um mês, estava em US$ 50,00 bilhões. Para 2021, a expectativa permaneceu em US$ 60,00 bilhões, igual a um mês antes.