BRASÍLIA (Reuters) – O programa de treinamento de jovens no emprego a ser lançado pelo governo visa evitar o “efeito cicatriz” para a geração que tentará entrar no mercado de trabalho no pós-pandemia, afirmou o secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, durante reunião plenária da Organização Internacional do Trabalho (OIT) nesta terça-feira.

A expressão se refere aos prejuízos profissionais de longo prazo sofridos por trabalhadores que ingressam no mercado em situações adversas.

“Para ajudar na transição para o mundo pós-pandemia, o governo brasileiro está próximo de anunciar medidas que incentivam o primeiro emprego de jovens por meio do pagamento de uma bolsa vinculada ao treinamento desses jovens por empresas privadas, evitando o que conhecemos como ‘efeito cicatriz’, que pode afetar a trajetória laboral daqueles que buscam a entrada no mercado de trabalho em um momento tão conturbado”, disse Bianco.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou em maio que o programa deverá prever o pagamento de 600 reais aos jovens beneficiados, que receberão treinamento profissional dentro das empresas. O valor será dividido igualmente entre governo e empresas participantes.

Em seu discurso na OIT, Bianco também defendeu reformas para aperfeiçoar a governança da entidade, que faz parte do sistema ONU (Organização das Nações Unidas).

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