Professores do Arizona conquistam aumento salarial após greve

Professores do Arizona conquistam aumento salarial após greve

Os professores do Arizona, sudoeste dos Estados Unidos, receberão um aumento salarial após realizarem uma greve de cinco dias, que fez parte de protestos em outros estados, anunciou o governador republicano, Doug Ducey, nesta quinta-feira (3).

“Assinado. Os aumentos para os professores estão a caminho”, tuitou Ducey, junto com um vídeo no qual aparece prestes a ratificar uma lei de orçamento votada à noite no Parlamento do estado.

Protestos semelhantes aos do Arizona ocorreram dias atrás no Colorado, Oklahoma, Virgínia Ocidental e Kentucky para exigir aumentos salariais, deixando milhares de estudantes sem aulas.

“É uma grande vitória para estudantes, professores e educadores públicos do Arizona”, acrescentou o governador, indicando que o aumento aprovado será de 20% daqui até 2020.

A União de Educadores Arizona (AEU), que organizou as greves que contaram com a participação de 850 mil professores, anunciou no Twitter que “o orçamento da Educação foi votado e assinado”, e pediu o “fim da greve”.

Como em Oklahoma (centro), o Arizona é um dos estados com os maiores cortes orçamentários na Educação: um bilhão de dólares a menos em 10 anos, de acordo com a AEU.

Depois de uma paralisação de mais de 10 dias, os professores de Oklahoma obtiveram um aumento de 6.000 dólares por ano, embora nem todas as suas exigências do orçamento para a Educação tenham sido atendidas. Na Virgínia Ocidental foi aprovado um aumento salarial de 5%.

Essas greves são registradas principalmente nos estados republicanos, onde os orçamentos para a Educação sofreram com promessas de corte de impostos, sobretudo depois da crise financeira de 2008.

Nos Estados Unidos, a Educação é responsabilidade dos estados e municípios. O governo federal só fornece subsídios específicos, como para crianças com deficiência.