A professora de ensino técnico Joana D’Arc Félix de Sousa, de 55 anos, divulgou nesta quarta-feira, 15, nota na qual admite nunca ter sido “aluna efetiva” da Universidade Harvard, ao contrário do que afirmava, e mudou seu currículo Lattes. No texto, porém, a professora diz que o jornal O Estado de S. Paulo quer “denegrir” sua imagem.

Na terça-feira, 14, reportagem do jornal revelou que Joana não é formada em Harvard e apresentou diploma falso para provar o pós-doutorado. Também se mostrou que ela ingressou na universidade aos 19 anos – e não aos 14, como dizia. “Tudo o que foi publicado já está sendo apurado por um advogado ligado ao movimento negro brasileiro, porque tenho certeza que ainda estão achando que os negros (as) ainda têm que viver na senzala”, diz a nota da professora. “Não tenho o pós-doutorado concluído e por isso não tenho o diploma e muito menos diploma falso.”

Após a reportagem, a professora também alterou seu currículo Lattes. Antes, dizia que Joana fez pós-doutorado em Harvard de 1997 a 1999, com bolsa da Capes. Agora, informa que o pós-doc foi “interrompido” em 1998 e não há informação de bolsa.

Convite

Em entrevista ao Estado, antes da publicação, Joana afirmou ter sido convidada para Harvard pelo professor americano William Klemperer, considerado um dos mais eminentes pesquisadores da área Físico-Química. Ele morreu em 2017.

Segundo o professor titular de Físico-Química da USP, Paulo Sergio Santos, porém, a área de Klemperer “não tinha absolutamente nada a ver” com o que pesquisa Joana (orgânica). Para Santos, por causa da concorrência por vagas, a chance de uma pesquisadora de área diferente do orientador ser convidada é “quase zero”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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