Stacy Bailey, uma professora do estado do Texas, nos Estados Unidos, entrou com ação contra a escola onde trabalha, alegando ter sido colocada em licença e transferida depois de mostrar à sua turma uma fotografia de sua futura esposa.

Stacy foi duas vezes escolhida como Professora do Ano na escola primária de Charlotte Anderson em Arlington, Texas, mas em agosto do ano passado, como sempre acontece no início de um novo ano letivo, ela preparou uma sequência de slides para se apresentar aos novos alunos. A apresentação incluía fotos de sua família e amigos, e de uma mulher, que ela descreveu como sua “futura esposa”.

Pouco tempo depois, Bailey foi informada de que um dos pais dos alunos havia registrado queixa na escola sobre “uma certa professora de arte promovendo ‘agenda homossexual’ “.

De acordo com o processo, um funcionário da escola também teria dito à Bailey que “ela não pode promover seu estilo de vida na sala de aula”.

O processo diz ainda que Bailey respondeu: “Nós planejamos nos casar. Se tenho uma esposa, devia ter o direito de apresentá-la como tal, sem medo de sofrer assédio. Quando afirmo isso, é um fato sobre a minha vida, não uma declaração política ”.

Bailey foi “convidada” a renunciar em outubro do ano passado, mas recusou. O distrito escolar votou, então, para renovar seu contrato, mas planeja transferi-la para uma escola secundária.

A ação federal pede indenização e alega que Bailey foi colocada em licença administrativa, suportou uma discussão pública imprópria sobre seu status de emprego e foi considerada inadequada para lecionar em nível elementar, “tudo por causa de sua orientação sexual e status de lésbica”.

Ela se casou com sua noiva, Julie Vazquez, no início deste ano.

O Texas não possui uma lei estadual que proteja os funcionários LGBT da discriminação, embora se espere que uma decisão federal no mês passado aumente as proteções aos trabalhadores contra preconceitos baseados em orientação sexual e identidade de gênero.

O distrito disse em um comunicado que “categoricamente nega as acusações no processo”.