Um homem armado com uma faca matou um professor e feriu gravemente outras duas pessoas nesta sexta-feira (13), em uma escola de ensino médio em Arras (norte da França), disseram à AFP a prefeitura e uma fonte policial.

O episódio se deu na escola Gambetta da cidade, escreveu o ministro do Interior, Gérald Darmanin, na rede social X (antigo Twitter), acrescentando que o agressor foi detido.

O autor do ataque gritou “Allah Akbar” (Alá é grande, em tradução livre), disseram à AFP a administração regional e uma fonte policial.

“Allah Akbar”, uma expressão formal de fé usada por pessoas de crença muçulmana, tornou-se um grito usado pelos autores dos ataques jihadistas que abalaram a França na última década.

O autor é de origem chechena e estava fichado pelas autoridades no registro de segurança nacional, disse outra fonte policial.

Nenhum aluno ficou ferido. Os outros dois feridos são um agente de segurança, que recebeu várias facadas, e um professor, segundo diversas fontes.

Os alunos e funcionários do colégio foram confinados na instituição, acrescentou a polícia.

“Mantenham a calma e sigam as instruções para facilitar o retorno à situação normal”, escreveu a entidade administrativa na rede X.

O presidente francês, Emmanuel Macron, viaja nesta sexta-feira para Arras, assim como o ministro da Educação, Gabriel Attal, disseram à AFP a presidência francesa e a equipe deste último.

Esses fatos ocorrem quase três anos após o assassinato, em 16 de outubro de 2020, em Conflants-Sainte-Honorine, a noroeste de Paris, do professor Samuel Paty.

Abdoullakh Anzorov, um refugiado russo de origem chechena, esfaqueou-o e decapitou-o por ter mostrado charges de Maomé nas aulas durante um curso sobre liberdade de expressão. Foi abatido pela polícia.

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