A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga as circunstâncias da morte de Fhillip da Silva Gregório, conhecido como “Professor” e apontado como um dos chefes do Comando Vermelho, na noite de domingo, 1°, no Rio de Janeiro.
Gregório chegou gravemente ferido à UPA (Unidade de Terapia Intensiva) Castilho, na zona norte do Rio, e não resistiu aos ferimentos. Por meio de nota enviada à IstoÉ, a Polícia Civil esclareceu que uma testemunha, com quem o “Professor” mantinha uma relação extraconjugal, se apresentou e disse que ela havia cometido suicídio. “Ela entregou a arma que teria sido usada pelo criminoso. Diligências estão em andamento para apurar todos os fatos”, completou.
Quem era o traficante
No ano de 2012, Fhillip foi detido em flagrante carregando comprovantes de depósitos bancários com valores altos feitos para traficantes da Favela Nova Brasília, uma das comunidades que integram o Complexo do Alemão. Em sua casa, a corporação encontrou anotações contábeis e nominais em cadernos.
Por conta disso, Gregório respondeu por lavagem de dinheiro e ocultação de bens. Em março de 2015, ele foi preso novamente em um sítio, localizado no município de Seropédica, região metropolitana do Rio. No local, a polícia encontrou drogas, armas e munições adquiridas pela quadrilha. Os entorpecentes, segundo investigações, eram distribuídos para as comunidades ligadas ao Comando Vermelho.
Fhillip acabou sendo levado ao presídio Bangu 3, onde ficou até o dia 20 de julho de 2018, quando foi transferido para o Instituto Penal Edgard Costa no dia 28 de setembro do mesmo ano. Cerca de 10 dias depois, “Professor” conseguiu fugir do local.
Em 2021, ele passou a responder pelo crime de homicídio, após a morte de “Bilidim” em um baile funk na comunidade Fazendinha depois de ter urinado em uma criança.
Um vídeo passou a circular nas redes sociais em 2021 e mostra fuzis com o nome “Professor”, o que chamou a atenção de policiais porque indicava o possível paradeiro do traficante.
Fornecedor de armas
Um relatório feito pela Polícia Federal em março de 2025, mostra uma suposta proximidade de Fhillip com policiais militares, que negociavam propinas e reclamavam do valor pago semanalmente.
Em 2023, a PF também apontou Gregório como um grande comprador de armas para a facção criminosa. O armamento, segundo as investigações, eram adquiridas legalmente pelo argentino Diego Hernan Dirísio, repassadas a intermediários em Ciudad del Leste, na fronteira com o Brasil, e vendidas para facções no RJ e em São Paulo.