O Ministério Público de Istambul pediu entre um e cinco anos de prisão por “propaganda terrorista” em favor da rebelião curda para um professor universitário britânico que vive na Turquia há 25 anos, informaram meios de comunicação locais.

Chris Stephenson, professor da Universidade Bilgi de Istambul, foi detido em março deste ano depois de ter se dirigido ao palácio de justiça de Istambul para apoiar três universitários turcos, detidos por terem assinado uma petição na qual o Estado era acusado de lançar um “massacre anticurdos” no sudeste do país.

O britânico foi expulso do país, mas voltou uma semana depois à Turquia, já que sua entrada no território não era proibida.

Na ata de acusação, os procuradores acusam o professor de realizar “propaganda terrorista” para a rebelião curda do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), uma organização classificada de terrorista por Ancara, Washington e UE, disse a agência de notícias Dogan.

Ainda não foi fixada a data de abertura do processo.

Segundo os procuradores, Stephenson estava em posse de panfletos pró-PKK quando foi detido, no dia 15 de março.

Por sua vez, o docente afirmou que a polícia havia encontrado em sua bolsa um convite para as celebrações do ano novo curdo, o Newroz, realizado em 21 de março.

O regime islamita-conservador turco do presidente Recep Tayyip Erdogan, acusado de ser autoritário e de amordaçar a imprensa, prometeu intensificar a luta contra os militantes curdos, incluindo os intelectuais que os apoiam.

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