O professor aposentado José Lúcio dos Santos, de 69 anos, está sendo investigado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), após tomar duas doses de Coronavac, uma de AstraZeneca e uma de Pfizer, contrariando as recomendações de autoridades de saúde. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

De acordo com as investigações, Santos tomou duas doses da Coronavac em Viçosa (MG) nos dias 31 de março e 22 de abril. Depois, no dia 17 de junho, ele recebeu uma dose da AstraZeneca em um posto de saúde de Copacabana, no Rio de Janeiro.

De volta a Viçosa, o idoso recebeu uma quarta dose, da Pfizer, em 25 de junho. Conforme o município, na ocasião o professor veterinário, que tem 69 anos, disse que tinha 61, que havia perdido a data correta de vacinação de sua faixa etária e que não havia recebido nenhuma dose de vacina contra a Covid.

Sem conferir os dados apresentados por Santos, a equipe do posto de saúde confiou no ex-professor universitário e aplicou o imunizante.

Investigação

Em nota, a prefeitura de Viçosa repudiou a atitude do cidadão e afirmou que está reforçando a conferência dos dados da população para evitar novos casos de revacinação.

“A Prefeitura de Viçosa, imediatamente após a constatação do fato, acionou sua Procuradoria Geral, para a tomada de medidas de cunho cível e administrativo, e também o Ministério Público, para fins criminais. O município está agora dando total suporte ao caso, para que todas as providências necessárias sejam tomadas em consonância com os princípios da legalidade e devido à gravidade do momento que a população mundial está passando”, declarou.

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De acordo com a Folha, o Ministério Público de Viçosa recebeu a denúncia do município e a prefeitura entrou com ação contra o casal. O processo corre na 2ª Vara Cível da Comarca de Viçosa.

Professor é dono de fábrica de vacina para animais

Professor de veterinária, Santos é fundador da Microvet (Microbiologia Veterinária Especial), especializada em produzir vacinas para porcos. A empresa afirma desenvolver “vacinas especialmente para o rebanho de cada propriedade, a partir de agentes isolados de casos clínicos de campo. As vacinas autógenas da Microvet garantem uma resposta imunológica rápida e de longa duração”.

A reportagem da Folha procurou o veterinário para comentar o caso, mas ele não retornou os contatos.


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